Sofro de uma estúpida admiração por Mark E Smith e os The Fall. E é com agrado que vejo estes dois ex- Fall numa reunião para 2008, com direito a versão dos Velvet e tudo.
O que é que nos poderia dizer uma teoria evolucionista da música? Nada mais do que umas músicas evoluem a partir de outras, sobrevivendo ao tempo aquelas que têm características mais fortes. Se assim for a música dos Sonic Youth fica a dever muito ao homem desta fotografia, Glenn Branca. Vale a pena conhecer a obra de Branca.
Tive a oportunidade de experienciar ao vivo os Atari Teenage Riot. Eles são o Punk Digital. Na altura notei dois aspectos que ainda hoje não esqueço: 1) os Prodigy andavam em franco sucesso e eu gosto muito da obra do Prodigy. Mas os Prodigy ao lado dos Atari são inofensivos. 2) O concerto dos ATR, em Paredes de Coura seguiu-se à enchente com os Moonspell. Grande parte dos adeptos do som pesado dos Moonspell não resistiram ao choque Atari e no final do concerto dos ATR a assistência estava num terço. Um amigo na altura, que não gostou do concerto, alegou que os ATR não souberam cativar o público. Só que esse meu amigo não topou a atitude: eles provocaram o público como o bom velho Punk. A música dos ATR é só um pretexto para gerar um motim. É uma música que apela à acção directa. E a energia do Punk é mesmo essa: acreditar em poder, num minuto, destruir 2000 mil anos de cultura. Ainda hoje sinto o eco do som levado ao extremo do digitalismo dos Atari e creio que parte da minha cegueira à distância foi provocada pelos intensos flashs de luzes que não se apagaram durante todo o concerto. Das experiências sonoras mais vívidas que senti.
Este é dos momentos musicais mais entusiasmantes que já tive na minha vida. John Zorn e a sua trupe!
A longevidade dos Nurse With Wound é extraordinária. Já os acompanho há muitos anos, desde as edições em cassete, famosa K7. Regressam este ano de 2008 com um disco fresco e exótico, mas sempre muito muito estranho. Bom regresso!
Não subscrevo 90% da abordagem político musical do musicólogo português Rui Eduardo Paes, mas também não dispenso cada página dos seus livros. São das melhores enciclopédias musicais que conheço. Na minha vida algumas pessoas ensinaram-me muito de música, mesmo que nunca o soubessem. São eles Rui Eduardo Paes, Jorge Lima Barreto, António Sérgio, Sofia Alves ou Luís Filipe Barros, entre muitos outros de rádios piratas. Recorrentemente regresso aos livros de Paes e só tenho a agradecer-lhe este grande pedaço de obra que nos oferece. Vale mesmo a pena procurar os seus livros. Rui Eduardo Paes tem um site que pode ser visitado clicando AQUI.
Este rosto desapareceu. Irrepetível como músico, pelo qual tenho o maior respeito. Uma obra inclasificavelmente bela. Requiem Hector Zazou.
O regresso de Kubik para mais uns temas fabulosos. Tenho a honra de ser amigo particular de Victor Afonso e não me canso de elogiar o seu trabalho que aprecio muito. Música de síntese, uma autêntica biblioteca musical. Basta clicar na imagem e fazer o download gratuito do disco.
Quando era mais jovem tinha o bom hábito de acordar com canções e pensar as melodias durante o dia. Até que um dia acordei a cantarolar “como um macaco gosta de banana” do piroso José Cid. Não sei se por trauma, com o tempo fui perdendo o hábito. Mas no verão esse hábito regressa sempre. Tenho sempre o disco de eleição que ouço até à exaustão no verão e, mal termina, encosto. Este ano a escolha recai para o disco dos The Mae Shi. Não o tiro do ouvido.Mas ao contrário do José Cid este é um disco que gosto mesmo q. b.. Além de muito mais ele é fuckin rock n roll, tal como eu sempre gostei. Noise, noise and more noise…
Esta canção vale pela homenagem que constitui como provocação ao pudor e hipócrisia. E vale sobretudo pela provocação à mentalidadezinha que por aí anda. Aos preconceitos também apetece gritar. Que mais dá?
Evol ou Love, se lido ao contrário, este é um dos melhores trabalhos de sempre dos Sonic Youth. Fere bem, mas é sem dúvida um grande entre grandes albúns da longa carreira dos norte americanos. E é também a minha grande referência. Recordo aqueles trintões que falavam dos Doors como a música do seu tempo. Apesar da estúpidez do comentário, se eu tivesse de falar de uma música do meu tempo, essa seria com certeza a dos Sonic Youth.
Os Dim Stars são um grupo rock alternativo da década de 90 que reúne os interessantes Richard Hell – Voidoids, Thruston Morre e Steve Shelley dos Sonic Youth e Don Flemming dos Gumball. Para recordar.
Não estive presente no festival Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia, mas o meu irmão mais novo, Rui Almeida fez o favor de me enviar estas proezas que fotografou e que circundavam o espaço onde os Prodigy actuaram. Imaginem então a descarga electrica que ali se passou. Nunca vi os Prodigy ao vivo, apesar de apreciar muito a sua obra, mas já vi os Atari Teenage Riot e há quem diga que os Prodigy ao lado desses só causam uma faísca suave. O concerto foi ontem à noite. Obrigado Rui.
Há dois acontecimentos musicais dos quais tenho uma vaidade insuportável, ter visto duas vezes os Einsturzende Neubauten ao vivo e duas vezes os Sonic Youth (de que falarei mais adiante). Os Neubauten vi-os, pela 1ª vez, na Voz do Operário em Lisboa. A segunda foi no festival de Arcos de Valdevez, onde vi também os Death In Vegas e os The Fall de Mark E. Smith, uma figura que admiro muito. Como na altura fazia rádio, tive acesso aos VIPS e cruzei-me com os Neubauten e ainda hoje me arrependo de ter bebido tanto Jameson que mal me recordo das palavras trocadas. Devia era ter feito como quando vi os Blur, ainda mal se falava neles. Abraçei o Damon e tirei uma foto para a posteridade. Curiosamente, na altura, até perguntei ao Damon (esse sim bem avançado na alcolémia) se gostava dos Neubauten, ao que ele respondeu "i don`t like german music". Acho que ele cresceu um bom bocado desde aí. Este album dos Neubauten conheci-o tinha eu uns 15 ou 16 anos. Comprei na altura uma cópia em vinil e não me cansava da abertura com o "feurio".
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